A Fazenda Bosque Defumado Apresenta: Uma História de Véu de Inverno — Parte 1

A Fazenda Bosque Defumado Apresenta: Uma Apresentação da Fazenda Bosque Defumado de "Uma História de Véu de Inverno", trazida até você pelo Bolo de Frutas com Carne Moída de Gracco — preservado desde sabe lá quando! "Aquela que controla o bolo de frutas controla o mundo!" Narrada por Guccie "Dindim" Goubel, da própria Fazenda Bosque Defumado.

Para começar, Clolélio estava morto. Não havia dúvida. Morto por um aventureiro que tentava aumentar sua pilha de ouro, ele tinha sido deixado de bolsos vazios — não sobraram nem fiapos.

Tudo aquilo tinha sido bom para Atanásio, que ficou com tudo que pertencia a Clolélio — inclusive o negócio, duas montarias, tudo o que ele tinha no banco e algumas mascotes, que Atanásio imediatamente vendeu na Casa de Leilões. Atanásio foi o único a se lamentar ao pé do túmulo de Clolélio, mas estava mais de luto pela perda do sócio que do amigo.

Isso nos traz de volta à certeza do fim de Clolélio. A morte dele realmente foi certeira e assegurada feito os impostos. Digo isso porque sei que você sabe muito bem que a morte em Azeroth às vezes é... só um contratempo. Mas juro que ele estava morto, mortinho a sério!

Lunfas nunca mandou trocar a placa em cima da porta que levava o seu nome e o de Clolélio. É que o velho mão de vaca não quis pagar os artesãos goblins da área para fazerem o serviço. Ah, ele era uma massa podre de carne, de bafo horrível e pão-duro. Era realmente um ideal a ser seguido — menos a carne podre e a halitose, claro.

Lunfas tinha um escriturário solitário que trabalhava para ele em seu escritório de contabilidade: Oto Boapraça, um anão que conseguia soletrar o nome de trás para frente e da frente para trás (bom, o primeiro nome, pelo menos). O que era ótimo! Nomes assim economizam um dinheirão na hora de fazer crachás, ao contrário do seu genro imbecil que você encarregou de escrever os nomes e erra a ortografia de uma encomenda inteira de duas dúzias... ahm, uhm, desculpe, vamos à história.

Oto trabalhava em um canto eficientemente organizado com a quantidade exata de carvão queimando por perto para impedi-lo de morrer de frio, o que teria sido uma atitude muito egoísta da parte dele. Diferente da oferta exclusiva incrível da Fazenda Bosque Defumado: sua primeira parada em termos de comida e bebida de primeira qualidade para seu Véu de Inverno!

Lunfas tinha um sobrinho chamado Teodoro, um rapaz feliz que não estava ruim de grana, apesar de também não estar rolando nela. Teodoro apareceu no escritório de Lunfas, interrompendo o tio quando estava prestes a somar uns números incríveis. Coisa de mais de seis casas.

— Olá, tio! Feliz Véu de Inverno! — disse ele.

— Como você pode estar tão feliz? — esbravejou Lunfas. — Você não tem ouro nem para comprar os produtos da Fazenda Bosque Defumado.

— Eu vou comprar algumas coisas, tio. Eu estou de olho no Presunto Festivo ao Mel para a minha festa, para a qual eu vim convidá-lo!

— Ah, o que é isso! Eu não vou a festa nenhuma, a não ser que você tenha umas Tortas de Carne Caseiras do Gracus também. E sirva um bom Drinque Borbulhante de Bondebico.

Bem, nós vamos te esperar lá mesmo assim. Vamos adorar se você resolver dar uma passada.

E, com isso, Teodoro se foi, tentando não cair no choro após a avaliação precisa de Lunfas da dimensão do desastre que seria a festa dele sem a coleção completa dos maravilhosos produtos da Fazenda Bosque Defumado.

Então, para piorar a situação, o Oto decidiu abrir a boca e pedir folga durante o Véu de Inverno! O que, obviamente, é ridículo, porque a equipe da Fazenda Bosque Defumado está disponível 24 horas por dia para fornecer delícias fresquinhas, como o suntuoso Salame Picante!

Apesar desses absurdos, Lunfas terminou o dia de forma positiva. Ele havia confiscado os bens de dois gnomos que estavam mais de uma semana atrasados no pagamento do empréstimo para comprar equipamentos de engenharia e havia engordado seus cofres em mais 500 mil peças de ouro. Muito bom, considerando tudo. Ele fechou a loja e foi para casa se deliciar com umas Amostras da Fazenda Bosque Defumado, um ritual de seus anos menos mortos-vivos, antes de dormir.

Mas antes que conseguisse tirar seu descanso merecido, seus planos foram interrompidos pela visita de seu antigo sócio, Clolélio, a Garra, o que, como você deve lembrar, era no mínimo inesperado, pois ele estava mortíssimo. Clolélio brilhava como se tivesse visitado o Charco de Lodo. Batia os dentes e a garra, forçando Lunfas a colocar um travesseiro na cabeça para abafar o barulho.

— Luuunfaaaaasss — disse o ex-sócio. Provavelmente. É difícil entender o que ele diz, pra falar a verdade.

Primeiro, Lunfas tentou pôr a culpa da visão terrível em uma fatia estragada de Bolo de Frutas com Carne Picada do Gracco, o que a Fazenda Bosque Defumado garante que seria totalmente impossível, pois só utilizamos os melhores ingredientes e aromatizantes artificiais, mas não conseguiu se livrar da alucinação.

— Você será assombrado por três espíritos esta noite! — uivou Clolélio.

— Isso deve sair caro. E para quê? — indagou Lunfas.

— Você não fez o bastante pelos seus companheiros em Azeroth! O ouro que você acumulou não vale nada se não ajudar os mais pobres a comprar todos os produtos do delicioso catálogo da Fazenda Bosque Defumado! Espere a primeira visita Em breve™!

Depois, tão rápido quanto surgiu, Clolélio sumiu e Lunfas ficou se perguntando por que estava sendo perturbado por um fantasma comercial quando havia pago sua assinatura mensal para assombrações sem anúncios.

Com uma carta de reclamação se formando em sua cabeça, ele se deitou para dormir, pronto para deixar a horrível experiência para trás.

Acompanhe-nos novamente na sexta-feira, 18 de dezembro, quando A Fazenda Bosque Defumado apresenta a parte 2 de Uma História de Véu de Inverno!